12.11.10

Amarelinha Difícil


A ação da ONG Acredite, que trabalha com crianças e adolescentes de baixa renda portadores de doenças reumáticas, utiliza uma solução de baixo custo para impactar e atrair simpatizantes para a sua causa: adesivos. Nesse suporte foram criadas amarelinhas – aquela brincadeira que toda criança que se preze jogou pelo menos uma vez na vida e que no RS, meu estado de origem, também é conhecida como "sapata" – as quais foram coladas em locais inusitados, como o canto de uma escada (foto).

O conceito “Qualquer brincadeira de criança fica difícil quando ela sofre de reumatismo” traduz a principal dificuldade dos pequenos portadores da doença em realizar atividades típicas da infância, como correr, brincar e pular.

Criada pela Fisher+Fala!, ação é simpática, barata e traduz de uma forma inteligente o principal objetivo da ONG: ampliar o conhecimento da população acerca da doença e, assim, obter mais recursos para suas atividades.

A artrite juvenil atinge crianças e adolescentes de três meses a 16 anos e tem como sintomas a falta de apetite, febre, dor ao trocar a fralda e pintas vermelhas pelo corpo, sendo muitas vezes confundida com febre reumática.

Refê do bem via Update or Die.

4.7.10

Mal de Alzheimer pede ação memorável

Ações baratas, mas impactantes. É isso que pede o Terceiro Setor quando se trata de promover suas causas.

A BBDO Colenso acertou em cheio ao criar uma ação para sensibilizar os neozelandeses acerca do Mal de Alzheimer, doença conhecida pela perda gradativa da memória.

Pens drives de borracha, que traziam a frase Alzheimer’s erasers your memories. Save them. (O Alzheimer apaga suas memórias. Salve-as) foram utilizados para impactar sem gastar muito. Genial!

Refê do bem via Comunicadores.

28.8.09

Era para viralizar, mas não viralizou



Kofi Annan apresentou a proposta na última edição do Festival de Cannes, e agora ela chega ao Brasil: a Campanha Global de Ações pelo Clima, ou campanha TCK TCK TCK, aqui conhecida por Tic Tac.

Mas o que é essa campanha?

A ação, tamanho G (de global) tem parceria de órgãos da sociedade civil para conscientizar a comunidade mundial sobre um novo acordo sobre mudanças climáticas. Esse acordo deve ser feito durante a Conferência das Partes em Copenhagen, Dinamarca, que vai de 7 a 18 de dezembro. Daí vem o nome, do som de um relógio (se você é suficientemente velho para reconhecer o ruído analógico desse acessório), aludindo à contagem regressiva para o início da Conferência.

Para sensibilizar os brasileiros a aderirem à proposta, diversas ações estão sendo propostas, entre elas a instalação de grandes relógios de contagem regressiva (opaaaaaa, levanta a mão quem lembrou disso) em dez capitais.

A campanha traz anúncios em revistas como Veja, comerciais exibidos na Globo e – olhem só - ações de marketing viral (!).

Bom, eu queria saber onde, realmente, a campanha “viralizou”. O comercial, que de acordo com a imprensa especializada seria veiculado na Globo, não foi postado no Youtube. O site brasileiro da ação achei por acaso num post de uma entidade social (pois matérias da imprensa especializada - ela, mais uma vez - citavam o site internacional da campanha). A proposta mal apareceu nos treand topics do Twitter (não cheguei a contar dez twittadas).

O mais inusitado é isso ocorrer tendo uma agência especializada em marketing viral contratada. Sinal de que as promessas feitas por pseudo-agências às marcas em geral finalmente chegou ao Terceiro Setor, o que é ainda mais grave, visto que essa área dispõe de parcos recursos e poucos profissionais que realmente sabem avaliar a efetividade real de ações para divulgar suas causas.

Sinal de que devemos iniciar a contagem regressiva para acabar com os maus profissionais do setor. Do nosso, o publicitário.

Em tempo: a inauguração dos relógios e outras ações acontecem nesse fim de semana, mais precisamente amanhã. Para participar do abaixo-assinado da campanha, acesse.

Fonte: Meio&Mensagem

Estou, de Volta pro meu Aconchego

Finalmente, de volta às "postagens do bem". A partir de hoje, a meta de 3 posts semanais, no mínimo. Vamos lá! E como diz aqui na agência onde trampo, "fogo no pneu". :)

9.11.07

Deficiência é página virada?

Bacana a idéia da McCann Erickson para a Telecon. A campanha utiliza o clássico recurso de uma página sendo virada para mostrar como é a vida de um deficiente físico depois que este recebe uma oportunidade. Direção de arte clean e redação em poucas linhas dão conta do recado de forma eficiente. E se choca ver membros artificiais e uma cadeira de rodas como sinônimo de oportunidade, mais assustador é saber o número de pessoas com algum tipo de deficiência física no Brasil: cerca de 27 milhões, de acordo com Censo do IBGE de 2000.



19.10.07

Campanha sobre poluição é reciclada

Porque investir em uma nova idéia se a original, ligeiramente modificada, continua sendo excelente? Foi o que a agência Quê Comunicação, do Rio de Janeiro, fez para a ONG Onda Azul. A campanha, que trata de um tema muitas vezes esquecido – a poluição dos mares – utiliza todo o tipo de lixo descartado no oceano para formar espécies ameaçadas por esse odioso hábito. Idéia criativa, do tipo “por que não pensei nisso antes, porra?!”. Não é “campanha de redator”, mas eu dava beijo na boca de quem teve a idéia.

Abaixo você vê a primeira campanha.








E aqui a campanha originada dela.







Postada do bem original em www.ccsp.com.br









5.10.07

Nada de censurar o que deve ser mostrado


Eu sempre digo: linguagem de comunicação para o Terceiro Setor tem que ser "tratamento de choque". Ironia, tapa na cara, soco no estômago. Comunicação inteligente, mas irônica, hard. Nada de "seja felizinho, compre nosso produtinho". Nada de rasgação de seda, entretenimento, ar cool.

Criado para a Family Services of Greater Vancouver, associação de combate à violência doméstica canadense, o comercial da Publicis cumpre bem esses requisitos.

Postagem do bem original em www.brainstorn9.com.br


Precisa de legenda?

O anúncio da LongPlay para o Fórum de Defesa dos Animais tem tudo que se espera de uma boa parceria entre agência de publicidade e Terceiro Setor: layout bacana, fotografia legal, texto que funciona. Mas faltou uma coisinha básica: encaixar tudo isso em uma idéia que seja compreensível de primeira. Ou foi só eu quem levou dois minutos para entender a proposta?

Postada do bem original em www.ccsp.com.br

10.9.07

Eventos GLBT: com humor e impacto sua campanha vai abalar

Uma utiliza o humor como arma. Outra centra foco no polêmico, visando impactar. Em comum? As duas fogem do visual amador que caracteriza muitas campanhas publicitárias que tratam de "paradas gays e semanas da diversidade sexual" espalhadas pelo país.

A primeira, da baiana Propeg, utiliza chamadas purpurinamente humoradas para chamar a atenção do público GLBT - e da população em geral também , já que a campanha contou com peças que veicularam em mídia não segmentada - quanto à realização da sexta parada gay de Salvador.


Confesso que não fiquei fã da direção de arte, mas o redator pegou o espírito da coisa e criou chamadas divertidíssimas do tipo “Para que se esconder se você pode ser você mesmo?”, “Mais um desfile em setembro para comemorar a independência” e “Solte aquele grito que estava preso na garganta (sufocado com tanto colar)".

Já a campanha criada por Bruno Bertani (hummm, de que agência, site Ego?) desnuda indivíduos e profissões e, de quebra, suas orientações sexuais. O objetivo? Mostrar que o público GLBT é tão comum quanto qualquer cidadão (opinião da qual também compartulho).



O mais bacana é que todos os cases mencionados são reais. E depois ainda dizem que testemunhal sempre é fake. ;)

Postada do bem original em www.ego.com.br e www.revistapublicidad.com.br